terça-feira, 26 de abril de 2011

Professores '' acampam'' em frente à Seduc

A categoria reivindica a aplicação do Estatuto do Educador com um reajuste de 25% nos salários.
Professores
SÃO LUÍS - Os professores da rede estadual deverão manter, por tempo indeterminado, a greve iniciada no final de fevereiro, no Maranhão. A categoria reivindica a aplicação do Estatuto do Educador com um reajuste de 25% nos salários, entre outras reivindicações.
Neste momento, vários profissionais estão "acampados" em frente à Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Júlio Guterres, secretário de comunicação do Sinproesemma, disse ao Imirante, que a categoria tinha uma audiência marcada para hoje, como não houve conversa com o governo, eles resolveram acampar em frente ao órgão.
Ainda de acordo com Júlio Guterres, eles ficarão em frente à Seduc até que alguém do governo se manifeste.
Em nota enviada à imprensa, a Seduc informa que não havia qualquer audiência marcada com o Sinproesemma para a tarde de hoje (26).

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Greve dos professores: toda responsabilidade é da governadora Roseana Sarney


O prolongamento da greve dos professores, a perda das aulas por parte dos alunos, os transtornos na educação, são obras de exclusiva responsabilidade da governadora Roseana Sarney. Foi ela quem, alguns meses atrás, prometeu em horário eleitoral, cumprir o estatuto do magistério e fazer uma verdadeira "revolução na educação", no que seria o "melhor governo da sua vida".
Essa promessa, assim como a dos "72 hospitais", foram embora junto com seu criador, o Duda Mendonça, após apertada vitória nas urnas. Depois de atrair e enganar o PT com a Secretaria de Educação, Roseana Sarney resolveu colocar sua "secretária particular" para cuidar da pasta e o resultado é esse caos que o estado e o Brasil assistem estarrecidos.
Como se não bastassem a miséria e a pobreza atávica do Maranhão, em grande parte de responsabilidade da própria família da atual governadora, Roseana Sarney ainda pretende destruir talvez a única possibilidade de ascensão social das camadas mais carentes da população.
Mas para nossa governadora tanto faz! Nunca se preocupou com dinheiro, emprego, estudos... Sempre teve tudo na mão, dado pelo pai, herdado da família. Roseana Sarney é uma governadora ausente, insensível, fria, capaz de cavar ainda mais fundo o poço em que meteu o Maranhão.
Não duvido que a governadora Roseana Sarney esteja fazendo "o melhor governo da vida" dela e de seus aliados. Mas para alunos, professores, pais, enfim, para o povo maranhense, é mais um governo entre tantos outros da oligarquia mandonista em nosso estado.
Por tudo isso, a greve e as consequências que dela advirem, são de total responsabilidade da governadora do estado Roseana Sarney.
Postado por Cristiano Capovilla, dia 18 de abril.
(http://pneuma-apeiron.blogspot.com/)

domingo, 17 de abril de 2011

Show de Luan Santana

Imperatriz está nas rota dos grandes shows do Brasil, depois da cantora de MPB Paula Fernandes, agora é a vez do sertanejo teen Luan Santana.

sábado, 16 de abril de 2011

A CANETA DE SANGUE DE ROSENA SARNEY E O SANGUE DE LUTA DOS PROFESSORES

Gramsci e tantos outros “intelectuais militantes” diziam que a dominação de classe no capitalismo se dá por consenso/convencimento ou por coerção/repressão.Quando a primeira alternativa falha, entra em cena a segunda. Os métodos utilizados pela governadora Roseana Sarney e sua Secretária de Educação Olga Simão contra os professores em greve no Estado do Maranhão confirmam essa máxima marxista. Eu mesmo tive oportunidade de participar de uma reunião na escola em que leciono com a então recém-empossada secretária de Educação. A leveza na fala e a atenção dispensada às angústias e denúncias dos professores impressionavam. Para alguns desavisados a postura dessa senhora era digna de auréolas. Pura impressão! Bastou iniciar a greve para a essência se sobrepor à aparência. O governo Roseana (PMDB/PT) resgatara sua fisionomiamais draconiana. Em primeiro lugar, assistimos a uma avalanche de notas distorcidas na imprensa que colocava os professores em condição de mercenários. Diziam que recebíamos o melhor salário do Brasil e que queríamos prejudicar os estudantes. Para isso, comparavam o salário de professores com nível superior e mais de 20 anos de sofrida docência no Estado do Maranhão com companheiros com nível médio em início de carreira em outros estados. A oligarquia Sarney usava a TV Mirante como “escudo” da juventude pobre do Maranhão e perguntava: a quem interessa essa greve? Mas,o pé do governo sangrou, o tiro saiu pela culatra e atingiu seu calcanhar de Aquiles. Erraram por atacar o conjunto da categoria, grevistas e não grevistas; assanharam a categoria, as escolas foram silenciadas e o movimento ensurdeceu as ruas. A tática do convencimento de Roseana mostrava seus limites e debilidades; a “caneta” precisava sangrar em favor da repressão.




A primeira canetada de Roseana Sarney foi para financiar entidades estudantis que emergiam do submundo das escolas para tentar atacar moral e fisicamente professores. O subserviente deputado Roberto Costa (PMDB) aparece em fotos junto com “estudantes” em manifestação contra a greve em frente à sede do sindicato. Ao seu lado, um carro de placa branca do governo do Estado “alimentava” os jovens com panfletos, água e lanches. Houve tentativa de invasão da sede do sindicato. A segunda canetada repressiva do governo partiu do judiciário. Só para lembrar Gramsci, é na esfera político-jurídica que se encontra o “punho de aço” do Estado. Ou seja, é onde se concentra a repressão. O desembargador Marcelo Carvalho Filho julgava a greve ilegal, com base em argumentos pra lá de inescrupulusos. Engana-se quem pensa que esse senhor tomou uma decisão judicialmente equivocada. Pelo contrário, a decisão foi política. Considerar que greve na educação coloca a vida dos indivíduos em risco de morte enquadrando-a na Lei 7.783/89 é um ato que, se vivêssemos de fato numa democracia, seria suficiente para arrancar a toga e cassar o diploma desse senhor. Mas, como já afirmamos, essa foi uma decisão politicamente correta no universo de injustiças que sustenta o grupo Sarney. O mesmo ato judicialmente insano foi praticado no STF pelo ministro Ricardo Lewandowski, que negou prosseguimento ao pedido do sindicato. Uma grave demonstração de que as garras do grupo Sarney estão fincadas no conjunto das instituições do Estado brasileiro e não apenas do Maranhão. Aqueles educadores que alimentavam ilusões no judiciário e na democracia burguesa foram obrigados a rever suas posições. Com tanto descalabro, o sangue da categoria ferveu e o pulso bateu mais forte. Roseana Sarney apostava suas fichas no STF, mas a categoria apostou nas mobilizações.

A continuidade da greve foi ratificada em assembléia no dia 07 de abril com cerca de 3 mil professores. O governo de Roseana entrava em um frenético desespero. No dia seguinte (sexta-feira) realizaram uma reunião com a susserania do governo e no sábado com dezenas de diretores de escolas. O governo exigia dos seus vassalos fidelidade plena. Uma onda de terror tomou conta da educação pública do Maranhão. Eram telefonemas e mais telefonemas aos professores. Especialmente aos contratados e recém-nomeados, ameaçando-os de devolução ou mesmo de demissão, conforme ocorreu no município de Barra do Corda. Uma “força tarefa” nunca vista na educação do Maranhão foi montada em caráter de urgência pelo governo. A maioria das escolas foi ocupada por técnicos da SEEDUC (Secretaria de Educação) para desempenhar uma função não prevista na LDB, a de capataz de governo. O estado de exceção foi instalado. Grevistas estão sendo tratados com quadrilheiros, alunos como detentos e as escolas como presídios. Correntes e cadeados novos impedem alunos de sair e professores grevistas de entrar nesses recintos públicos. Muitos professores estão acuados, outros aterrorizados, alguns foram internados com crise de nervos. Tudo isso deveria ser suficiente para a direção do SINPROESEMMA (CTB) excluir do Estatuto do Educador a famigerada Avaliação de Desempenho, sob pena de essa mesma avaliação tornar-se o último tijolo da muralha que tenta fazerda escola pública um feudo da oligarquia Sarney.



Ouço, como piada, diretores e os ditos “técnicos” dizerem que, por serem professores, são solidários à nossa luta, mas que, por outro lado, nada podem fazer a não ser cumprir as ordens “supremas”. Solidariedade seria entregar os cargos ou pelo menos se negarem a cumprir ordens punitivas contra colegas de profissão. Mas não! as escolas foram lacradas. Vários professores foram substituídos por outros que não aderiram à greve, numa clara tentativa de jogar a categoria contra a própria categoria. Infelizmente, entre os trabalhadores há aqueles que se submetem a situações humilhantes e indignas. Mas há aqueles, uma maioria absoluta, que trazem nas veias o sangue lutador. Continuam nas ruas, fazendo aquilo que podem, enfrentando diretores, jornalistas reacionários e as ameaças de exoneração. Até a principal BR do Maranhão foi bloqueada no intuito de desbloquear as negociações emperradas pelo autoritarismo neofacista do governo do Estado. A greve de uma categoria foi transformada em guerra de classe. Gostaria de saber aonde os “coveiros” da luta de classe, especialmente os pós-modernos, irão enfiar suas caras e teorias? Neste contexto, a razão comunicativa da sociedade dialógica de Habermas não passa de um cadáver fantasmagórico, morto pela realidade concreta, apesar de existir apenas como idealismo infantil no mundo capitalista. Repito, essa greve é uma guerra de classe contra classe.



Vergonhoso também é o papel que o PT e a CUT do Maranhão assumem nesse mesmo cenário. E preciso lembrar que o PT é parte desse governo, tem o vice-governador e alimenta a caneta de Roseana Sarney com o sangue de nossa classe. A CUT se esconde e não lança uma única nota em apoio à greve dos professores. Na verdade, lideranças históricas da CUT e do PT estão envolvidos até a medula nos casos de corrupção da FAPEMA do INCRA. Assim, como a categoria enterrou simbolicamente a governo de Roseana Sarney no ultimo dia 15/04 (quinta-feira), aos militantes desse PT um gesto importante para a greve seria se desfilarem em massa desse partido, desenterrando-o dos seus corações e mentes.

E lamentável ver tamanha covardia com uma categoria de homens e mulheres que passam mais tempo com os filhos da comunidade onde estão localizadas suas escolas do que com seus próprios filhos. É lamentável ouvir jornalistas como Roberto Fernandes que sempre nutriu uma grande simpatia da classe trabalhadora desse estado reproduzindo fielmente o discurso criminalizador de seus patrões da Mirante. Espero que o espírito desse camarada não esteja assombrado pelos “fantasmas” que rondam a Assembléia Legislativa do Maranhão? Na verdade, não são apenas os educadores que estão na alça de mira desse governo, mas a juventude de periferia que igualmente clama por uma educação de qualidade. “Prefiro ficar com sede até o final do horário do que beber essa água com gosto de esgoto”, assim desabafou uma aluna da escola Paulo XVI após aderir ao ato dos professores no bairro Cidade Operária. Não tenho dúvida que aqueles que negam uma educação de qualidade para esses jovens são os mesmos que entopem os bairros de periferia com crak, merla e armas. Essa é a politica de mão dupla do governo Roseana para a juventude pobre e negra. Os familiares dos 18 massacrados em Pedrinhas que os digam.

Eu, particularmente, não acredito na possibilidade de universalização da educação pública no capitalismo, nem muito menos que a educação irá resolver os graves problemas estruturais desse modo de produção. Na hierarquia de organização da sociedade capitalista a escola é um importante espaço de disputa por poder, mas não é dela que emana o poder dos que controlam a sociedade como um todo. No entanto, entendo que a luta por uma educação pública de qualidade é uma tarefa que não devemos abrir mão de jeito algum, especialmente num estado como o Maranhão que ocupa os mais baixos IDH’s do Brasil. A luta por uma educação libertadora deve ser parte da luta por uma sociedade de homens e mulheres livres. Por isso continuo orgulhoso em ser professor da escola pública e de, juntamente com outros (as) companheiros (as), dedicar uma parte preciosa de minha vida para lutar por uma educação pública e de qualidade, no que pese todo e qualquer tipo de retaliação.
Hertz Dias, graduado em História, mestre em educação e militante da CSP Conlutas-MA.

Piauiense é o grande campeão do "Soletrando"

Conheça mais sobre os finalistas do Soletrando 2011.

Primeiro finalista do Soletrando 2011, Izael Francisco de Araújo, de 14 anos, é da cidade de Cocal dos Alves, e representa o estado do Piauí. O Izael está cursando a 8ª série / 9º ano, na Unidade Escolar Teotônio Ferreira Brandão.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Professores enterram a governadora Roseana em ato simbólico

O enterro simbólico da governadora Roseana Sarney, com direito a cortejo fúnebre pelas ruas do Centro de São Luís, foi a demonstração do sentimento de revolta dos trabalhadores da educação com a postura do executivo estadual com relação à educação e ao tratamento dispensado aos educadores, em greve há mais de quarenta dias, reivindicando a implantação do Estatuto do Educador , além do piso salarial, previsto em Lei.

“Esse enterro simboliza o enterro de todas as políticas do governo que prejudicam a educação e os trabalhadores”, disse o presidente do sindicato, Júlio Pinheiro, que ajudou a carregar o caixão onde os educadores colocaram, simbolicamente, a governadora.




O protesto dos professores teve início na Praça Deodoro, onde vários trabalhadores usaram a palavra para denunciar à população os problemas que os educadores enfrentam no dia-a-dia na rede estadual de educação e a falta de compromisso do governo em garantir melhorias salariais que valorizam a carreira do professor, como o piso salarial e o Estatuto do Educador.

Uma grande passeata, simbolizando o cortejo fúnebre para o enterro da governadora, seguiu pela Beira Mar até o Palácio dos Leões, onde os educadores realizaram várias formas de protesto, como velas acesas ao redor do caixão, ritual religioso de sepultamento e a leitura de um testamento, no qual a governadora deixa para os alunos escolas em condições precárias, falta de espaços para o esporte, laboratórios de química e de informática que não funcionam, falta de professores e aprendizagem precária, com professores dando aulas de disciplinas para as quais não estão habilitados.
Para o educador, de acordo com o testamento, a governadora deixa um Estatuto sem assinatura e um piso salarial abaixo do chão.

“Queremos simbolizar o enterro de todas as políticas utilizadas pela governadora contra os trabalhadores e contra a educação ao longo dos anos”, exclamou a professora Elinaura, de Rosário, município onde o gestor regional de educação baixou resolução com ameaças de punição contra os professores que aderiram à greve.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Show Paula Fernandes nesta sexta em Imperatriz-MA


O show de Paula Fernandes vai mesmo acontecer aqui na “terra do frei”, a mineira de 25 anos é compositora e instrumentista, já foi indicada ao Prêmio TIM de Música e soma mais de 1 milhão de visualizações dos novos clipes. No flyer, nota-se uma marca nova ao lado da Rádio Terra FM, trata-se da Academia do Show Eventos e Produções, uma empresa de sonorização e iluminação que atua no mercado do Show Business, instalada em São Luis-MA.  As duas marcas são responsáveis pela vida da cantora ao Maranhão, sendo o primeiro show em Imperatriz na sexta-feira e no dia seguinte no Nova Batuque Brasil na ilha do amor.  Em nossa cidade o show será no Parque de Exposições e será preparado uma área em frente ao palco para mesas VIPs (4 pessoas) pela bagatela de R$ 250, o valor do ingresso normal (pista) é de R$ 25 e depois de estar dentro da arena de shows, se você desejar ter acesso à área VIP (das mesas), haverá venda de pulseiras VIPs à R$ 20.

ESTRADA PAULO RAMOS ARAME

Veja as fotos da estrada que a governadora Roseana Sarney pagou cerca de 100 milhões de reais pela a mesma.




Esperamos que a de João Lisboa a Imperatriz, também não seja abandonada e os recursos desviados(se já não foram).

Deputados recebem professores e discutem fim de greve


Professores voltaram a se reunir nesta terça-feira, 12, na Sala das Comissões da Assembleia Legislativa, em mais uma tentativa de chegar a um consenso que dê fim à greve. Houve avanço com a apresentação de duas propostas, uma por parte dos grevistas, representados pelas lideranças do Sindicato dos Professores (Sinproesemma), e outra do governo.

A proposta do governo foi apresentada, durante a reunião, pelo presidente da Comissão de Educação, deputado César Pires (PMDB). O governo propõe às lideranças dos professores que suspendam a greve e aguardem até o final de uma reunião que acontecerá em Brasília, no dia 27 de abril, entre o MEC e todos os secretários de Educação do país, quando serão analisados os impactos que a recente decisão do STF, regulamentando o piso nacional dos professores, causará no orçamento dos estados.

De acordo com César Pires, o governo do Maranhão não se recusa a pagar o piso salarial nacional, mas precisa ter dados concretos sobre os reflexos que este aumento pode causar na folha orçamentária. Ele explicou que a sua posição, como presidente da Comissão, é apenas de interlocutor entre os dois lados, na tentativa de buscar um consenso. “O meu compromisso é com a educação de qualidade no Maranhão”, disse.

As lideranças dos professores grevistas rejeitaram de imediato a proposta do governo apresentada na reunião e decidiram manter a greve. Também apresentaram a contraproposta: eles retornarão às salas de aula se o governo aceitar pagar o piso nacional da categoria, além de implantar o Estatuto do Magistério com todas as conquistas.

Ao final, ficou acordado que até amanhã a proposta dos professores será levada pelos membros da Comissão de Educação da Assembleia à secretária de Olga Simão (Educação) para ser analisada.

EXPLICAÇÕES

A reunião durou mais de duas horas para que os professores pudessem expor aos deputados os novos direcionamentos da greve a partir da decisão do STF, datada do dia 6 de abril, que garantiu a constitucionalidade da Lei 11.738/2008, na parte que regulamenta o piso salarial nacional (vencimento inicial) para professores da educação básica da rede pública.

O julgamento, em Brasília, ocorreu durante a análise da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4167, ajuizada em 2008 pelos governos dos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará.

Marcelo Pinto, um dos líderes grevistas, explicou que se a lei do piso salarial efetivamente for cumprida, os professores do Maranhão passarão a ter vencimento cerca de 30% mais alto do que o piso atual aplicado no estado. Este percentual é maior do que aquele que está sendo pleiteado desde o início da greve.

César Pires afirmou que o atendimento do pleito dependerá da capacidade financeira e que outros estados da federação enfrentam o mesmo problema, daí a proposta do governo para que os professores suspendam a greve até o resultado da reunião que acontecerá no dia 27.

Além de César Pires, a reunião contou com a presença de mais quatro deputados da Comissão de Educação: André Fufuca (PSDB), Bira do Pindaré (PT), Luciano Leitoa (PDT) e Roberto Costa (PMDB). Também presentes, os deputados Rubens Junior (PC do B), Carlos Amorim (PDT), Valéria Macedo (PDT) e Cleide Coutinho (PSB).

Todos os parlamentares presentes à reunião se mostraram dispostos e apresentaram sugestões na tentativa de acabar com o impasse para que professores retornem às aulas.

Bira repudia decisões do Estado sobre greve dos professores

O deputado Bira do Pindaré utilizou o pequeno expediente da Assembleia Legislativa, na tarde desta segunda-feira (11), para registrar sua viagem a Imperatriz no fim de semana. Na oportunidade ele participou de uma assembleia com os professores da rede estadual de ensino que estão em greve há mais de 40 dias.

O parlamentar repudiou algumas decisões do diretor regional de educação na região tocantina, Agostinho Noleto. Bira lamentou que o diretor tenha criado artifícios para prejudicar o movimento, prometendo demissões de professores engajados na greve e corte dos pontos dos faltosos.

“Eu participei de vários movimentos grevistas, tenho experiência. Posso afirmar que greve é igual massa de pão quanto mais batem nela, mais ela incha. Esse problema só será resolvido com o diálogo entre a secretaria e o sindicato. A Secretária tem que entender que os jovens estão sofrendo pela falta de aula”, declarou Bira.

De acordo com o parlamentar a proposta da Secretaria de Educação é absurda. “Ela sugeriu aos professores e professoras que primeiro suspendessem a greve, para depois negociar. Nunca vi isso, nunca vi isso. O que é possível nesse momento, mais de 30 dias, 45 dias praticamente de greve é que haja um gesto por parte do Governo, uma sinalização”, afirmou.

Bira condenou as tentativas de desprestigiar a greve, transformando-a em política. “Disseram que a data de deflagração da greve foi precipitada, no entanto, já se negociava, desde 2009, com o governo, desde que a governadora assumiu”, argumentou.

Para concluir o pronunciamento, o deputado lembrou a decisão do STF, que legaliza a aplicação do Piso Nacional na Categoria dos professores. “O piso da tabela é inferior a tabela nacional ao mínimo condicional dos professores, como também os milhares de contratados do Estado, que nós sabemos que agora mesmo renovamos essa autorização de maneira inconsequente, eu diria, esse direito do Governo de contratar de maneira provisória. Esses também não recebem o piso salarial, portanto nós temos para mais de 14 mil profissionais recebendo menos que o piso salarial”.

AL aprova pedido de informações sobre construção de 72 hospitais
A Assembleia Legislativa aprovou, na tarde desta segunda-feira (11), o pedido de requerimento nº083/2011, de autoria do deputado estadual Bira do Pindaré (PT). O parlamentar requeria que após ouvida a mesa, fosse encaminhado um ofício ao secretário de Saúde, Ricardo Murad, solicitando informações sobre a construção dos 72 hospitais anunciados pelo governo estadual através do programa Viva Saúde.
O deputado elencou as principais dúvidas que poderiam ser elucidadas pelo Secretário. “Primeiro: que tipo de hospital está sendo construído ou que tipos de hospitais estão sendo construídos se são de média, ou de alta complexidade, se são de emergência. Segunda questão: em quais municípios estão sendo construídos. Terceira questão: qual o estágio em que se encontram cada obra e o valor de cada uma delas. Quarta questão: qual a previsão de funcionamentos destes hospitais e quantos profissionais, médicos, enfermeiros, auxiliares e demais profissionais da área serão necessários para o funcionamento dos respectivos hospitais”, enumerou Bira.
Ele justificou seu pedido fazendo referência à reportagem exibida no programa Globo Repórter. “Todos ficamos alarmados por mais uma vez o Maranhão ser a vitrine das desgraças deste país”, argumentou. Bira também lembrou o fechamento da emergência oncológica do Hospital Aldenora Bello e ponderou que isso ocorreu em decorrência da suspensão ou do cancelamento do convênio que havia com o governo do estado.
“Eu conclamo esta Casa, para que possamos obter as informações do Secretário e, a partir de então, a gente possa ajudar na solução dessa problemática tão grave, que é a saúde pública no Maranhão”, clamou Bira do Pindaré.
A deputada Cleide Coutinho (PSB) e os deputados Marcelo Tavares (PSB) e Luciano Leitoa (PDT), encaminharam a favor do parecer proposto por Bira. “Nós estamos em abril e a gente não sabe realmente porque não acabou, quais são os que estão acabados, quais são os que estão em funcionamento, até para gente, como deputados e representantes das regiões, encaminharmos os nossos pacientes”, argumentou a deputada de oposição.
Luciano mostrou-se preocupado com o atraso no prazo de entrega dos hospitais e advertiu que esse pedido de informações do deputado Bira é prerrogativa do mandato. “Eu tenho certeza de que essas informações solicitadas, através de um Requerimento, que é a prerrogativa do próprio Deputado e a discussão também é uma prerrogativa em cima dos Requerimentos, é que nos faz vir aqui poder fazer a defesa da aprovação dos Requerimentos”, lembrou o Deputado.
Marcelo Tavares encaminhou a favor do pedido de informações pela liderança da oposição e destacou a importância da Assembleia Legislativa na fiscalização da secretaria de saúde. “Chegou à hora de esta Casa intervir nesse processo, porque os maranhenses estão morrendo por falta de atendimento; porque o Socorrão I e o Socorrão II não suportam mais tamanha demanda, uma vez que o Estado do Piauí já não recebe mais os maranhenses. Ou esta Casa vai abrir mão das suas prerrogativas e entregar o cheque em branco para que a Secretaria de Saúde faça um desmando atrás do outro, uma dispensa atrás da outra? É o Pan Diamante, o Pan Cidade Operária, são 72 hospitais que não terminam e não há nenhum critério”, cobrou o líder.
Fonte: AL - Maranhão

 

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Adversário dos Sarney, Jackson Lago, ex-governador do Maranhão, morre aos 76 anos

O ex-governador do Maranhão Jackson Lago, 76, morreu no final da tarde desta segunda-feira (4) em São Paulo. Ele estava internado no Hospital do Coração (HCor) desde a quarta-feira passada (30) em razão de problemas respiratórios decorrentes de um tratamento contra o câncer de próstata.
O pedetista estava se tratando em São Paulo desde outubro do ano passado, logo após ter sido derrotado por Roseana Sarney (PMDB) na disputa pelo governo do Estado. O corpo de Jackson será trasladado para São Luís, onde deverá ser velado na sede do Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Biografia

Nascido em Pedreiras, no interior maranhense, Jackson Kleper Lago começou a carreira política na década de 1960 enfrentando o regime militar apoiado por Sarney, vencedor do embate contra a oligarquia de Vitorino Freire, que passou 20 anos no poder. Sempre teve como guru político o fundador do seu partido, Leonel Brizola (1922-2004), que também faz parte de uma das grandes tragédias de sua vida.
Há cerca de 30 anos, "doutor Jackson", como é conhecido no Maranhão, dirigiu de São Luís até o Uruguai para visitar Brizola. Na entrada da cidade de onde saiu, sofreu um acidente no qual morreu sua primeira mulher. Ele próprio ficou em coma por meses. Tornou-se fundador do PDT no Maranhão, tendo como plataforma o sindicato dos médicos maranhenses.
Em 2006, teve a mais surpreendente vitória política de sua carreira: derrotou a  senadora Roseana Sarney, então filiada ao PFL e hoje no PMDB, para destronar o clã Sarney do governo estadual depois de um domínio de mais de 40 anos. Nem o apoio do então presidente e ex-aliado Luiz Inácio Lula da Silva à rival conseguiu impedi-lo de chegar ao Palácio dos Leões por estreita margem de votos.
Na época, Jackson disse que ele e o petista Jaques Wagner na Bahia provavam “a queda dos dois últimos bastiões do coronelismo político”. Contudo, em 2009 o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cassou os mandatos de Jackson e de seu vice, Luis Carlos Porto, por abuso de poder e compra de votos. Ele relutou, mas acabou cedendo o cargo a Roseana, que acabou reeleita no ano passado.
O pedetista foi três vezes prefeito de São Luís e ali teve a maior parte da sua votação para o governo estadual. Fora da política, ele era considerado pioneiro em cirurgias torácicas no Maranhão. Foi também professor da Faculdade de Medicina do Estado.
Fonte: Portal UOL