quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sarney será testemunha de defesa de torturador



O presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) será uma das testemunhas de defesa do coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, numa audiência que ocorre amanhã (27), às 14h30, no Fórum João Mendes, em São Paulo. Comandante, entre setembro de 1970 e janeiro de 1974, do maior centro de tortura de presos políticos do regime militar – o Destacamento de Operações de Informações/Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) paulista –, Brilhante Ustra é acusado, no processo relativo à audiência de hoje, de ser o responsável pela morte do jornalista Luiz Eduardo Merlino, então com 23 anos, em 19 de julho de 1971.
Merlino – militante do Partido Operário Comunista (POC) – foi torturado durante 24 horas ininterruptas por militares sob o comando de Ustra, nas dependências do DOI-Codi, em São Paulo. Morreu em decorrência do espancamento contínuo, mas na época os militares divulgaram a falsa versão de que havia sido atropelado na BR-116 ao tentar fugir da escolta policial.
A ação contra Brilhante Ustra foi movida por sua ex-companheira, Angela Mendes de Almeida, e sua irmã, Regina Maria Merlino Dias de Almeida.
A Justiça de São Paulo ouvirá os testemunhos dos que presenciaram a tortura e morte de Merlino, como os ex-militantes do POC, Otacílio Cecchini, Eleonora Menicucci de Oliveira, Laurindo Junqueira Filho, Leane de Almeida e Ricardo Prata Soares; o ex-ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo de Tarso Vanucchi; e o historiador e escritor Joel Rufino dos Santos.
Já Ustra arrolou como suas testemunhas, além de José Sarney, o ex-ministro Jarbas Passarinho; um coronel e três generais da reserva, Gélio Augusto Barbosa Fregapani, Paulo Chagas, Raymundo Maximiano Negrão Torres e Valter Bischoff. As testemunhas de defesa poderão ser ouvidas por carta precatória.
José Sarney recentemente defendeu a manutenção do sigilo eterno de documentos oficiais ultrassecretos, com o argumento de que a divulgação desses dados pode motivar a abertura de “feridas”.
Não sabia – Em sabatina na Folha de S. Paulo, em agosto de 2008, Sarney declarou que não sabia da existência de torturas no regime militar. “Não tinha conhecimento nenhum [das torturas], pois estava no Maranhão, era governador do Maranhão [...]”, afirmou.
O presidente do Senado disse também, durante a sabatina, que o assunto da punição aos torturadores da época deve ser esquecido. Para Sarney, a própria anistia representa este processo de esquecimento. “Não há razão para que devamos renascer com o assunto. Evidente que isso não cura quem foi torturado. Mas o processo político da anistia fez parte da transição”, declarou Sarney, rechaçando a revisão da lei de anistia e punição aos torturadores.

Fonte: Jornal Pequeno

terça-feira, 19 de julho de 2011

QUEM VIVER, VERÁ: JOSÉ SARNEY E ROSEANA ANUNCIAM APOSENTADORIA PARA 2014

Durante o lançamento no Maranhão do livro “Sarney, a Biografia”, escrito pela jornalista Regina Echeverria, em um shopping de São Luís, tanto o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), quanto sua filha, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), afirmaram que não pretendem mais se candidatar a cargos eletivos nas próximas eleições.

Sarney afirmou que o mandato atual como senador é o seu último. Após a vida política, o presidente do Senado pretende dedicar seu tempo à literatura. “Não vou participar de nenhuma eleição. Vou assistir como espectador às eleições”, disse Sarney.

Desde o ano passado, Roseana vem afirmando que o mandato atual como governadora será o último. Ela pretende se dedicar mais à família e aos filhos. Questionada sobre o fato de ser uma eventual sucessora do presidente do Senado, Roseana apenas afirmou. “Não falo sobre isso. Eu também vou me retirar da política”.

No caso de Roseana, isso não significa que a filha do senador Sarney irá deixar as articulações do grupo político no Estado. Para as eleições do ano que vem, já existem conversas do grupo político ligado à governadora com o intuito de lançar um candidato tanto à Prefeitura de São Luís quanto de outras cidades importantes no Estado.

Dos três membros da família Sarney que ainda detém mandato eletivo, nesse momento apenas Sarney Filho (PV) não fala em aposentadoria. Apesar disso, ele afasta qualquer comentário sobre uma eventual “herança política” do presidente do Senado.

“Primeiro lugar, em política não tem herança. Política não é um bem. Política você tem que ter votos. Agora, enquanto tiver confiança do povo, eu acho que tenho um serviço a prestar ao Brasil. A minha causa é a causa do desenvolvimento sustentável. É a causa do meio ambiente e tenho ainda muito o que fazer. Se o povo do Maranhão desejar, ainda continuarei sendo o representante do povo”, disse Zequinha Sarney.

Fonte: Portal IG
Editado por: Hugo Freitas

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Deputado Chiquinho Escórcio agride o Dep. Domingos Dutra

Deputado Domingos Dutra é agredido por Francisco Escórcio
Durante discurso no Plenário da Câmara, nesta segunda-feira (11), o Deputado Domingos Dutra (PT/MA) foi ofendido verbalmente e quase agredido fisicamente pelo suplente de Deputado Francisco Escórcio (PMDB/MA). A segurança agiu para proteger Domingos Dutra. Escórcio choramingava em tom agressivo: “Sarney é meu papai. Se você xinga meu papai eu xingo a sua mãe”.
Escórcio se ofendeu após Domingos Dutra destacar o descaso na Segurança no Estado do Maranhão que possui 80 municípios sem delegados. Dutra disse que “a máquina de escrever é do século passado, onde o escrivão usa um dedo na tecla e o outro para puxar o papel com carbono emperrado”. Discorreu também sobre os delegados de polícia que lutam por 10% de reposição salarial correspondente há 2 anos sem nenhum tipo de reajuste. Pois, Roseana Sarney se recusa a negociar com os delegados que estão em greve há quase dois meses.
“Estamos batalhando pela PEC 300, mas a Governadora do Maranhão é contra que se estabeleça um piso nacional para os policiais militares”, proferiu o Deputado Domingos Dutra ao destacar que o único beneficiado com as greves dos delegados – que lutam por melhores salários e por melhores condições de trabalho – é o criminoso e quem perde é a população.
Em resposta ao agressor, Dutra rebateu: “Eu discuto com o dono da fazenda [Senador José Sarney]. Eu não estou aqui para conversar com jagunço nem com vaqueiro. Estou aqui para discutir com o dono da fazenda que, infelizmente, desgraçou o Maranhão”, concluiu.
No final do discurso, Escórcio saiu aos berros desenfreados, atrapalhando a sessão e ofendendo Domingos Dutra com palavras de baixo calão e desrespeitando a senhora Raimunda Dutra, de 94 anos de idade, mãe do Parlamentar.
Por Salis Chagas

Jornalista e Assessor de Imprensa do Deputado Domingos Dutra (PT/MA)