Em experimentos feitos entre o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), em Genebra, na Suíça, e um laboratório na Itália, as minúsculas partículas foram cronometradas a uma velocidade de 300.006 km/seg, sutilmente mais rápido do que a velocidade da luz, afirmaram os cientistas.
Dá uma sensação de que tem alguma coisa errada, que isso não pode estar acontecendo,” disse James Gillies, porta-voz do Cern. Ele afirmou que os resultados surpreenderam tanto os pesquisadores da institução que eles pediram que outros colegas verificassem suas medições antes de anunciar de fato a descoberta.”Eles estão convidando a comunidade mundial da Física a examinar minuciosamente seu trabalho, e idealmente, conseguir que alguém repita os resultados,” afirmou.
A equipe do acelerador de partículas do Fermilab, nos Estados Unidos, já se comprometeu a iniciar esse trabalho. “É um choque,” disse o chefe do grupo de Física Teórica do Fermilab, Stephen Parke, que não fez parte da pesquisa na Suíça. “Vai nos causar um monte de problemas, isso é fato. Se é que é mesmo verdade”.
O Fermilab conseguiu resultados semelhantes em 2007, mas a margem de erro era tão grande que minimizou sua importância científica.
O Fermilab conseguiu resultados semelhantes em 2007, mas a margem de erro era tão grande que minimizou sua importância científica.
Cientistas de fora do Cern mostraram ceticismo. Ainda assim, é nisso que apostam alguns membros da comunidade científica: "Rastrear neutrinos é muito difícil. Esse resultado tem que ser algum tipo de erro," disse Drew Baden, chefe do departamento de Física da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. "Até o resultado ser replicado por um segundo grupo, é um tapete voador", afirmou à AP.
O Cern afirma que um raio de neutrinos (conhecidos por ser uma das partículas mais estranhas da Física moderna) disparado de Genebra para um laboratório na Itália a 730 quilômetros de distância viajou 60 nanossegundos mais rápido que a velocidade da luz, com uma margem de erro de 10 nanossegundos (um nanossegundo é um bilionésimo de segundo).
Mas como as implicações do experimento são importantes, os cientistas passaram meses checando e rechecando seus resultados para garantir que não houve erros e falhas na experiência. “Não achamos nenhum erro que pudesse explicar este resultado,” afirmou Antonio Erediato, físico da Universidade de Berna, na Suíça, que esteve envolvido na experiência, chamada de OPERA.
Além do Fermilab, nos Estados Unidos, outro centro de pesquisa que pode replicar a experiência é o T2K, no Japão, que no momento está desativado por conta do terremoto de 11 de março.
Mas como as implicações do experimento são importantes, os cientistas passaram meses checando e rechecando seus resultados para garantir que não houve erros e falhas na experiência. “Não achamos nenhum erro que pudesse explicar este resultado,” afirmou Antonio Erediato, físico da Universidade de Berna, na Suíça, que esteve envolvido na experiência, chamada de OPERA.
Além do Fermilab, nos Estados Unidos, outro centro de pesquisa que pode replicar a experiência é o T2K, no Japão, que no momento está desativado por conta do terremoto de 11 de março.
Mas os cientistas concordam que se os resultados forem confirmados, eles vão forçar uma revisão completa das leis da física.
A Teoria da Relatividade de Einstein, que diz que a energia é igual a massa vezes a velocidade da luz é a base de toda a física moderna, afirmou John Ellis, físico do Cern que não esteve envolvido na experiência. “Funcionava perfeitamente até agora”, ressaltando que os pesquisadores do OPERA podem ter a responsabilidade de explicar como neutrinos mais rápidos que a luz não foram descobertos até agora.
Outros cientistas acham que a Teoria da Relatividade pode sobreviver a esta descoberta. Stephen Parke, do Fermilab, diz que poderia haver algum tipo de "atalho cósmico" por uma outra dimensão que permita que os neutrinos sejam mais rápidos que a luz. Já Alan Kostelecky, da Universidade de Indiana, nos EUA, afirma que algumas situações não são exatamente como Einstein as previu, e isso pode mudar o resultado. "Você nunca vai conseguir matar a teoria de Einstein. É impossível, ela funciona bem demais," afirmou. "Este caso só precisa ser melhor estudado".
Outros cientistas acham que a Teoria da Relatividade pode sobreviver a esta descoberta. Stephen Parke, do Fermilab, diz que poderia haver algum tipo de "atalho cósmico" por uma outra dimensão que permita que os neutrinos sejam mais rápidos que a luz. Já Alan Kostelecky, da Universidade de Indiana, nos EUA, afirma que algumas situações não são exatamente como Einstein as previu, e isso pode mudar o resultado. "Você nunca vai conseguir matar a teoria de Einstein. É impossível, ela funciona bem demais," afirmou. "Este caso só precisa ser melhor estudado".
Fonte: Portal IG.