segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Padre Assassinado, não é só em Imperatriz que matam padre.

Morros – O padre Bernardo Muniz Rabelo Amaral, de 28 anos, foi vítima de um latrocínio (assalto seguido de morte) na tarde de sábado, durante um latrocínio entre os povoados Mutum e Quebra Anzol, no município de Humberto de Campos. O padre era natural de Morros, mas trabalhava como vigário paroquial da Paróquia de São José do Periá, em Humberto de Campos. O autor do crime foi identificado como Fabrício.
O crime aconteceu na BR-402. O assassino disparou cinco tiros em direção ao padre e dois o atingiram: um no pescoço e outro no tórax. O autor do crime ainda arrastou o padre por uns 30 metros e o espancou. O bandido evadiu-se do local, levando o veículo no qual o padre estava, uma picape S-10, mais R$ 400,00 em dinheiro e um celular de dois chips. Conforme a polícia, Fabrício cumpria liberdade condicional.
Fotos: Flora Dolores/O Estado Maranhão
Após o crime, padre Bernardo foi socorrido por um cidadão conhecido como Bibil e trazido para o Hospital São Domingos, em São Luís. Ele chegou ainda consciente na capital, por volta das 18h, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 21h. “Isso é revoltante. Nós ficamos impotentes depois disso”, declarou a irmã do padre Bernardo, Verônica Muniz Amaral, de 30 anos. No hospital, o padre ainda conversou com amigos e familiares, como o padre Ribamar, da Paróquia de Santo Amaro.
Bernardo era o filho mais novo do casal Osmar Lima Amaral e Maria de Fátima Muniz Rabelo Amaral e tinha cinco irmãos. Antes de morrer, ele falou a familiares que tinha esperança de sobreviver.
Crime
Conforme informações de testemunhas, o padre estava sábado em Mutum participando de uma Assembléia de Párocos da região, da qual era um dos organizadores, quando teve de se deslocar à tarde ao povoado Quebra Anzol, para buscar integrantes do Ministério de Música da cidade de Chapadinha. Os integrantes da banda realizariam um espetáculo religioso durante o encontro. O padre foi sozinho no veículo S-10, de uso da Paróquia de São José do Periá.
Chegando ao povoado Quebra Anzol, o padre foi informado de que os membros do Ministério de Música não haviam conseguido chegar ao local a tempo. Ele então pediu a algumas pessoas do povoado que transportassem os músicos a Mutum assim que eles chegassem e voltou para a Assembléia de Párocos. Mas na saída de Quebra Anzol, “Fabrício” pediu uma carona com destino à cidade de Humberto de Campos.
O padre, que estava sozinho, atendeu ao pedido e levou o homem em seu veículo. No percurso entre os dois povoados, o homem, armado com um revólver calibre 38, deu voz de assalto contra o religioso. O padre não reagiu e entregou os pertences pessoais ao bandido. Mesmo assim, o autor do crime, disparou um primeiro tiro no pescoço do padre e o mandou deixar o veículo em que ele estava.
Quando o padre saiu da S-10, o autor do crime disparou mais quatro tiros em direção ao religioso. Um deles pegou no tórax. Depois, ainda espancou o religioso. O padre ficou caído no meio da via e o bandido levou o veículo e os pertences do religioso. Algum tempo depois o sacerdote foi socorrido pelo cidadão conhecido como Bibil e trazido para o hospital São Domingos, em São Luís.
Buscas
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Humberto de Campos, comandada pela delegada Lília Maria Parussolo, e pela Delegacia de Morros, cujo titular é Dicival Gonçalves. As buscas pela região começaram ainda na tarde de sábado, continuando ontem, mas sem sucesso.
Segundo o delegado Dicival Gonçalves, o suspeito de ter cometido o crime é ex-presidiário e estava cumprindo prisão condicional por crime de homicídio. “Infelizmente, ele [o padre] foi vítima da própria bondade”, classificou o delegado. Equipes da Superintendência de Polícia da Capital também estão na região do Munim realizando buscas para capturar o autor do crime

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