quinta-feira, 14 de abril de 2011

Professores enterram a governadora Roseana em ato simbólico

O enterro simbólico da governadora Roseana Sarney, com direito a cortejo fúnebre pelas ruas do Centro de São Luís, foi a demonstração do sentimento de revolta dos trabalhadores da educação com a postura do executivo estadual com relação à educação e ao tratamento dispensado aos educadores, em greve há mais de quarenta dias, reivindicando a implantação do Estatuto do Educador , além do piso salarial, previsto em Lei.

“Esse enterro simboliza o enterro de todas as políticas do governo que prejudicam a educação e os trabalhadores”, disse o presidente do sindicato, Júlio Pinheiro, que ajudou a carregar o caixão onde os educadores colocaram, simbolicamente, a governadora.




O protesto dos professores teve início na Praça Deodoro, onde vários trabalhadores usaram a palavra para denunciar à população os problemas que os educadores enfrentam no dia-a-dia na rede estadual de educação e a falta de compromisso do governo em garantir melhorias salariais que valorizam a carreira do professor, como o piso salarial e o Estatuto do Educador.

Uma grande passeata, simbolizando o cortejo fúnebre para o enterro da governadora, seguiu pela Beira Mar até o Palácio dos Leões, onde os educadores realizaram várias formas de protesto, como velas acesas ao redor do caixão, ritual religioso de sepultamento e a leitura de um testamento, no qual a governadora deixa para os alunos escolas em condições precárias, falta de espaços para o esporte, laboratórios de química e de informática que não funcionam, falta de professores e aprendizagem precária, com professores dando aulas de disciplinas para as quais não estão habilitados.
Para o educador, de acordo com o testamento, a governadora deixa um Estatuto sem assinatura e um piso salarial abaixo do chão.

“Queremos simbolizar o enterro de todas as políticas utilizadas pela governadora contra os trabalhadores e contra a educação ao longo dos anos”, exclamou a professora Elinaura, de Rosário, município onde o gestor regional de educação baixou resolução com ameaças de punição contra os professores que aderiram à greve.

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